Dissertação - Fernanda Caldeira Brant

Morfologia e biometria do desenvolvimento embrionário da raia Sympterygia acuta Garman, 1877 (Elasmobranchii; Rajidae)

Autor: Fernanda Caldeira Brant (Currículo Lattes)

Resumo

O desenvolvimento da raia Sympterygia acuta foi descrito baseado em uma série completa de embriões do estágio 17, o primeiro estágio onde a forma do corpo e a primeira fenda branquial podem ser distinguidos, até a eclosão. Os embriões foram provenientes de cápsulas ovígeras coletadas na praia de Cassino, estado do Rio Grande do Sul, Brasil. As características externas destes espécimes foram usadas para estabelecer uma tabela de estágios de S. acuta. Cada estágio é definido por um conjunto de características morfológicas que inclui a abertura e a posição das sucessivas fendas branquiais, do tamanho e da forma das nadadeiras peitorais (disco) e pélvicas, da forma da boca e da posição dos espiráculos. A relação entre a massa de vitelo e o crescimento do embrião em massa está de acordo com o padrão conhecido para elasmobrânquios ovíparos e vivíparos lecitotróficos. O Estágio 30 é marcado por grandes mudanças, como a pré-eclosão, o início da entrada de vitelo no sistema digestivo do embrião, e início do real crescimento embrionário. O estudo fornece uma comparação com outros embriões de Chondrichthyes baseada nas características externas. O desenvolvimento das nadadeiras peitorais, que desde o começo ocupam toda a face lateral da região abdominal, é uma divergência importante entre esta raia e tubarões, exceto Squatinidae. Isto pode ser uma evidência de que filogenéticamente as Rajidae e Squatinidae são próximas, e que o desenvolvimento embrionário aporta informações relevantes para o estudo da filogenia.

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Palavras-chave: Sympterygia acutaEmbriologiaDesenvolvimentoOceanografia biológicaMorfologia animalBiologiaElasmobranchiiRajidaeRaias