Dissertação - Thaís Garbin de Araújo

Idade, crescimento e mortalidade da tainha, Mugil liza (Valenciennes, 1836), na região sudeste-sul brasileira

Autor: Thaís Garbin de Araújo (Currículo Lattes)

Resumo

Existe uma crescente preocupação acerca do estado de explotação do recurso pesqueiro tainha. Na última década, as capturas industriais nas regiões S e SE do Brasil tem superado as artesanais e tendem a crescer devido à sobreexplotação de outros recursos e a valorização das ovas das tainhas. Este estudo complementa o conhecimento existente acerca do ciclo de vida da espécie com informações sobre as taxas de crescimento e mortalidade para a pescaria sul da tainha. Foi identificado um anel hialino nos otólitos da tainha formado antes do 1° ano de vida, aqui chamado de anel juvenil, associado à mudança de habitat marinho para estuarino. A tainha apresenta uma taxa de crescimento relativamente baixa (K = 0,17 ano-1), uma longevidade de 10,5 anos e um comprimento assintótico de 662 mm. A estrutura de comprimento-idade mostrou que as tainhas capturadas no mar são significantemente maiores e mais velhas do que as tainhas capturadas pela pesca artesanal estuarina do estuário da Lagoa dos Patos. Foram calculadas duas taxas de mortalidade total (Z) para as tainhas, uma pertencente aos indivíduos do estuário da Lagoa dos Patos (Z = 0,48) e outra aos do mar (Z = 0,31) e as implicações destes resultados são discutidas.

ANEXO I

Palavras-chave: PeixesTainhaAnálise bayesianaMugil lizaLagoa dos PatosDinâmica de populações