Dissertação - Karine Mariane Steigleder

Estrutura das comunidades de macroalgas no mesolitoral rochoso do Atlântico Sudoeste Central (26º S - 34º S)

Autor: Karine Mariane Steigleder (Currículo Lattes)

Resumo

O litoral do extremo sul do Brasil é caracterizado como zona biogeográfica temperada-quente, apresentando uma redução na riqueza de espécies no sentido norte-sul. Os poucos estudos sobre as macroalgas dos substratos rochosos da região foram realizados nas décadas de 1970 e 1980. O presente estudo objetivou realizar uma revisão sobre a riqueza e composição de espécies de macroalgas do mesolitoral rochoso do Atlântico Sudoeste, da região de Santa Catarina até o Uruguai (28° S - 33º S), analisando comparativamente os padrões de estruturação destas comunidades. A composição das espécies, abundância dos grupos morfofuncionais e características físicas e morfológicas do substrato foram avaliadas ao longo de 21 transversais, distribuídas entre sete locais (costões) e quatro áreas (Santa Catarina, Torres-RS, Rio Grande-RS e Uruguai). Os resultados geraram uma lista de 300 táxons infragenéricos (207 vermelhas, 56 verdes e 37 pardas), sendo registradas 11 novas ocorrências locais. O alto valor de similaridade entre a flora do Uruguai, Rio Grande e Torres reflete a influência da pluma do Rio da Prata na região, que forma uma importante barreira biogeográfica. As correlações entre as características topográficas dos substratos avaliados e o número de espécies não foram significativas. A similaridade entre a flora foi maior entre diferentes áreas, do que entre locais da mesma área, em função das características do substrato.

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Palavras-chave: BiogeografiaMacroalgasCostão rochosoMesolitoralOceano Atlântico Sudeste Central