Dissertação - Milton Luiz Vieira Araujo

Estrutura das comunidades de fitoplâncton no Atlântico Sul subtropical: variação espacial e relação com parâmetros ambientais

Autor: Milton Luiz Vieira Araujo (Currículo Lattes)

Resumo

Este trabalho descreve a distribuição espacial dos pigmentos e principais grupos taxonômicos do fitoplâncton nas províncias biogeográficas do Oceano Atlântico Sul subtropical, ao longo da latitude 30o S. Amostras de água do mar (superfície até 200m de profundidade) foram coletadas ao longo de 120 estações oceanográficas, ocupadas no início da primavera de 2011, durante o cruzeiro CLIVARA10 (NOAA). Os pigmentos foram identificados e quantificados através de cromatografia líquida de alta performance (HPLC), e o programa CHEMTAX foi aplicado para determinar as contribuições relativas dos grupos taxonômicos para o total de clorofila a. As estações foram agrupadas em três províncias: África, Giro e Brasil. Os resultados mostraram que os padrões de distribuição vertical e horizontal dos pigmentos e grupos taxonômicos foram condicionados principalmente pela disponibilidade de luz e/ou nutrientes. Carotenóides fotossintéticos (PSCs), associados com pequenos flagelados (principalmente haptófitas), dominaram a profundidade do máximo de clorofila a (DCM) das províncias do Brasil e do Giro, limitada por luz e mais rica em nutrientes, e a camada superficial da província da África sob influência da ressurgência de Benguela. Esta última apresentou os maiores valores de clorofila a (> 1 mg.m-3), e a ocorrência de dinoflagelados na região mais costeira. Carotenóides fotoprotetores (PPCs) foram predominantes nas camadas superficiais, pobres em nutrientes e com alta irradiância, das províncias do Brasil e do Giro, associados a um baixo teor de clorofila a (~ 0.1 mg.m-3) e domínio de procariontes (Synechoccocus e Prochloroccocus).

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Palavras-chave: EcologiaFitoplânctonPigmentosDistribuição espacial